sábado, 22 de novembro de 2008

Sentir, sentir, sentir...!

É quando tudo parece não ter mais sentido.
É quando os dias de verão já não têm mais cor e as ondas do mar já não são mais ouvidas. É quando o vento não te abraça mais, quando os olhos perdem o brilho, quando a vontade se esconde. Apatia. Mundo velho que se agarra em mim e gruda, como uma geléia pastosa indecifrável. Faz de mim sua companhia, me dá abrigo e é cobertor. Penetra em meus poros, transita por entre meus órgãos, faz do meu estômago uma toalha torcida, quente, úmida. Movimentos lentos. Não sinto nada. Nem dor, nem tristeza. Nada. Apenas fico ali, como quem não quer nada da vida, ou como quem ainda tem a vida inteira pra tentar ser feliz.

Mata-me, mas não me faça perder os sentidos!


Vivo transitando entre minha tristeza suicida e minha felicidade explosiva, entre o meu agora ou nunca, entre o meu tudo ou nada.
Será que não dá pra ser normal, Juliana?

9 comentários:

Joyci Dias disse...

Fazem tanto sentido as tuas palavras, creio eu que faz parte da natureza humana vagar entre extremos.. A certeza ou a dúvida.
É Juliana, eu acho que realmente a normalidade não existe... E se existisse seria tão sem graça.
Gosto de você assim, da maneira exata que és.
As tristezas fazem parte da vida, faz nós darmos mais valor a cada instante de felicidade.
Bem Juliana... se cuida.

Joyci. ;*
A sua fã de sempre, pra sempre.

E.B Fortay disse...

Se tornar normal pra que? Para ser igual aos outros?

Você é esquisita, e sempre será ;)
Não mude!

;*

Cson

Amanda Boer disse...

E o que é ser normal num mundo em que todos são iguais dizendo-se diferentes?!

Fico feliz em poder ler novos posts =D


beeeijos

Unknown disse...

Olá. Tenho uma história 'louca' para contar.
Estava em meu quarto vendo TV, como há tempos não fazia, e vejo na Record uma menina com um rosto familiar. Então, lembrei da sua participação na Globo na novela 'O Beijo do Vampiro'. Procurei o nome da personagem na 'bíblia virtual' (google) e descobri este blog. Coisa de 'fã', sabe? Fiquei curioso pra saber do seu trajeto, pois nunca mais a vi nos poucos momento que vejo TV. Para a minha surpresa, vejo um texto muito bem escrito com uma mensagem 'ligeiramente' profunda. Explico: talvez um texto curto como este, mesmo bem escrito, não consiga passar um dos maiores flagelos da humanidade, a falta! É ela a causa desse trânsito entre a "tristeza suicida" e a "felicidade explosiva"; é o "desejo do desejo do outro". Não se preocupe com a normalidade, ela é só idéia, não é real. Talvez a graça de tudo esteja aí, nessa busca, nesse trânsito. Preciso ainda confessar o meu incômodo com o seu texto, de certa forma o adjetivo "profunda" para a sua mensagem vem daí, ele tocou em coisas que só cada um nós pode tratar em si mesmo. Enfim... chega de 'viagens' e devaneios pseudo-intelectuais sobre a sua mensagem, pois ela basta por si só.
Obrigado.
Zé Henrique, um cara intrigado.

João Andere disse...

Às vezes vc se acha meio neurótico ou inseguro? Tem ou teve algum terapeuta ridículo? Conhece ou pelo menos já ouviu falar de alguém que pratica ou sofre abuso moral? Seu senso ético não permite certas coisas? Seus conflitos existenciais não te deixam em paz?
Pois "não existe grande mistério" nisso!

Sabe como é...

é igual a tudo na vida

Lara Gay disse...

amiga, to com blog tbm. já te adicionei no meu. =)
www.eraazulevoava.blogspot.com
te amo. seus cachinhos

Anônimo disse...

Sentir-se seguro é uma necessidade do homem... é por essa necessidade que, desde os tempos mais remotos, o homem busca o conhecimento... de calcular até conhecer o passado. A segurança, o colo, o ombro amigo são formas de buscar segurança, e se tornaram praticamente nossos vícios. Ser normal, ou não, é relativo... o que é ser normal? A palavra normal nesse sentido dá idéia de uniformidade comportamental, um delírio. Ser normal é fazer de conta que está tudo bem, é não pensar, e deixar o mundo pensar por você... é desistir de viver. A personalidade, que nos faz "normais", ou não, é única, e não deve ser negada ou oprimida, mais sim amplificada.

Ju, SINTA,SEJA e FAÇA...

Grande beijo

Alonso Zerbinato disse...

Tu conhece um tal de Raul que cantava assim: "Eu prefiro seeeer..."


Pois é!


Um beijo.

Ju Vrech disse...

Mata-me, mas não me faça perder os sentidos!

Adorei essa frase! Você é genial. :D