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Dente de dor
Junto à lágrima que
Escorre...
Doída, doída, coitada
Chega ao queixo sem esforço
E os dentes ali, arreganhados
Joelhos no chão
Berros no teto
A culpa e o sofrimento
Repartindo o mesmo cômodo
Parede-teto-chão
A tinta que cobre a poesia
O lado da cama agora é meio
A parte que foi parte o que fica
Mas se o que fica é o fim e é no fim que se acaba
Não se pode reparar o que partiu
Porque o que parte já não há
E o que não há já não pode se partir
O preço da moradia é o choro
Lá se vem uma outra lágrima de companhia
E mais outra, e outra...
Todas rolando na dor, juntas
Compadecendo-se entre si
A segunda vê a primeira se suicidando olho a fora
E atrás se também joga
Toda gota nasce pra morrer
E se a traição humana existe
As lágrimas sabem reparar por nós:
Elas secam na fidelidade.
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8 comentários:
Deixa a lágrima curar o que ficou. Deixa lavar, limpar. Para depois (re)começar! ;)
São escolhas que se fazem... O que é mais sofrido? O que se tem? O que se tinha? As vezes a solução pra todos os nossos problemas, trazem mais problemas insolucionáveis... Sofrimento. São escolhas...
..as lágrimas nunca nos faltarão...são as nossas companheiras fiéis e inseparáveis...levam dor e trazem amor...
... e tudo termina num sorriso entre lágrimas, sinceros de paz.
Adorei como tudo ficou. Adorei o blog e as palavras. Estou seguindo.
Que maravilha!
Estou encantado.
As lágrimas mais poéticas dos últimos tempos.
Linda poesia! Uma rima perfeita e sincera... uma lágrima de todos. E, lembre-se, "todo fim também é um começo". PARABÉNS, meu anjo!
às vezes quando se perde se ganha... no "fim-das-contas" O fim sempre é o primeiro passo p/ o começo de uma nova história!
É necessário Limpar a "gaveta" e deixar o espaço p/ começar a arquivar coisas novas.
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